Um dos pontos centrais da Pedagogia Waldorf é a configuração da educação de maneira artística, premissa que permeia todas as atividades na escola. É através desse elemento que se dá a aquisição do conhecimento, relacionando os saberes do mundo com o ser humano, estimulamos o amor ao próximo e o respeito pela natureza.
O conteúdo de cada ano é desenvolvido a partir da sintonia didática entre as diversas matérias e das características inerentes à idade dos alunos. O currículo proporciona visão ampla e vivências das matérias contribuindo para a aquisição de conhecimentos gerais e preparando o jovem para o exercício responsável da cidadania.
Os componentes curriculares principais (matemática, português, ciências) são lecionados de forma concentrada, em blocos temáticos chamados “época”, com duração aproximada de quatro semanas. Os alunos, dessa maneira, podem vivenciar os conteúdos em questão de forma abrangente e profunda.
O currículo Waldorf abarca todas as disciplinas previstas pela legislação brasileira, além de outras matérias compõem a parte diversificada oferecida pelo currículo da escola. Apresentações regulares de música, Euritmia e dramatizações enriquecem a grade curricular.
As atividades artísticas são meios essenciais para vivenciar e assimilar a matéria. Elas ampliam os sentimentos e educam a vontade da criança, acompanhando de forma natural a evolução psíquica da infância para a adolescência.
As aulas de artes ajudam a criança no treino e aperfeiçoamento do domínio da motricidade. Não é suficiente considerar, nos trabalhos manuais, apenas o aspecto da habilidade manual orientado por uma atividade apropriada. As mãos causam, pelos movimentos repetidos ritmicamente e exercícios adequados à idade, um fortalecimento do querer e de um pensar lógico, onde o cultivo das emoções forma a transição.
O treino da motricidade fina é de suma importância para o desenvolvimento da inteligência infantil. Os princípios de em cima-embaixo, pesado-leve, claro-escuro, dentro-fora, constituem, nas tarefas artísticas, o fundamento para todas as idades.
1º ano: O currículo propõe o tricô como o trabalho manual que permeia o 1º ano. Antes de tecer seus primeiros pontos, as crianças vivenciam todo o processo de confecção do fio da lã de carneiro: limpeza após a tosquia, lavagem, secagem, tingimento, cardação e, por fim, a fiação manual da lã. Essas vivências especiais conectam as crianças com a origem do material com o qual trabalharão ao longo do ano. Só então, elas começam a colocar os pontos na agulha e a tricotar. O trabalho requer alta concentração, agilidade das mãos e de todos os dedos, sendo um processo que vivifica a capacidade de pensar da criança. Através do tricô, a consciência adquirida pelo corpo da criança, chega até suas mãos. O trabalho manual, portanto, atua na vontade e no desenvolvimento da capacidade de pensar, sendo um grande aliado ao desenvolvimento infantil no segundo setênio.
2º ano: Depois de terem adquirido segurança no trabalho de tricô, aprendendo os pontos meia e tricô, as crianças podem aprender a fazer crochê. A mão dominante dirige a agulha, a outra mão segura a obra que nasce. Um novo ritmo de trabalho se desenvolve, conscientemente. Cada ponto de crochê precisa ser procurado com atenção. São realizados trabalhos e peças em crochê com os pontos correntinhas e pontos baixos, como bolas, pegador de panelas e trabalhos diversos. São trabalhados os pontos propostos, desenvolvendo virtudes, como paciência, começar e terminar um trabalho, persistência, superar dificuldades e encarar desafios.
3º ano: No 3º ano, as crianças relembram como tricotar um quadrado simples de ponto tricô e é introduzido o ponto meia. Aprendem, passo a passo, a confecção de um boneco de tricô com os dois pontos aprendidos, podendo desenvolver outros projetos paralelos.
4º ano: Bordado à mão utilizando vários tipos de pontos, sendo que o ponto principal deve ser o Ponto Cruz.
5º ano: Confeccionar peças em tricô, usando a variação dos pontos meia e tricô com o auxílio de cinco agulhas, geralmente um par de meias (11 agulhas).
Nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, o ensino da música na pedagogia Waldorf fundamenta-se na audição, na imitação e na vivência corporal e sensível da música. O foco está na construção de uma escuta interior, no cultivo da sensibilidade rítmica e melódica, e no despertar de uma musicalidade viva e espontânea, respeitando a fase imaginativa e imitativa da infância.
A música é vivida em estreita ligação com a natureza, com as estações do ano, com as festas do calendário anual e com os conteúdos das demais disciplinas, favorecendo uma experiência artística integrada. Através de canções, jogos rítmicos, instrumentos e movimento, a criança desenvolve sua expressão, coordenação, escuta e presença no mundo.
1º ano: As crianças são introduzidas à flauta doce de forma lúdica e encantadora. Trabalha-se especialmente a mão esquerda e as notas mais agudas do instrumento, o que favorece o controle da respiração e o desenvolvimento da motricidade fina. A vivência musical acontece por meio da imitação, do canto em uníssono, de canções tradicionais e de jogos que integram corpo e música.
Inicia-se também a prática de ostinatos em instrumentos de percussão suaves (címbalos, chocalhos, tambores, triângulos) e pentatônicos (carrilhão, metalofone, xilofone), promovendo coordenação, ritmo interno e escuta coletiva. O foco está na vivência da música e na percepção sensível das qualidades do som, como altura, intensidade, timbre e duração — sem ainda formalizar a linguagem musical escrita.
2º ano: Aprofunda-se o trabalho iniciado no ano anterior, com ênfase na afinação vocal, no refinamento da escuta, na memória musical e na coordenação motora fina. As crianças seguem praticando o canto em uníssono e a imitação, agora com maior segurança e presença. Na flauta doce, é introduzido o uso da mão direita, ampliando o alcance das notas e favorecendo a destreza e o equilíbrio corporal no manuseio do instrumento. Explora-se também a emissão dos sons mais graves e mais agudos, sempre por meio da escuta atenta e da imitação.
São vivenciadas estruturas musicais simples, como ostinatos e a antífona (pergunta e resposta), promovendo o diálogo musical e a escuta coletiva. Continuam os exercícios de polaridades das propriedades do som (lento-rápido, forte-fraco, agudo-grave), a vivência de timbres variados e a prática com instrumentos melódicos e percussivos (carrilhão, metalofone, xilofone, címbalos, tambores, triângulos, entre outros). O ensino permanece baseado na vivência corporal e sensível da música, sem ainda entrar na formalização teórica.
3º ano: As canções seguem acompanhando o ritmo do ano e as festividades sazonais, agora com maior profundidade temática e expressiva. As crianças vivenciam músicas modais e tonais, jogos rítmicos mais estruturados e a introdução ao cânone (canto em camadas), fortalecendo a escuta interna e a independência de vozes. Inicia-se de forma cuidadosa e gradativa o contato com a leitura das notas na pauta (pentagrama). A flauta doce e o canto seguem como instrumentos principais de expressão, sempre aliados ao movimento, à escuta e ao fazer coletivo. O violino é apresentado para as crianças.
4º ano: As músicas acompanham as estações do ano (verão, outono, inverno e primavera), as principais festas anuais (Páscoa, Pentecostes, São João, Natal) e o conteúdo programático do ano.
Trabalha-se a escala de Dó; conexão da nota musical na flauta com a leitura da partitura. Fixam-se os valores musicais (semibreve, mínima, semínima e colcheia). Treina-se a leitura das notas musicais e seus tempos; usa-se partituras; Brincadeiras rítmicas; cânones e introduzir segunda voz.
5º ano: Teoria Musical: Fórmula de compasso: – identificar, completar, preencher, criar/leitura de partituras; tons maiores e menores; ditados rítmicos e melódicos; tons e semitons. Ritmo: coordenação motora corporal; leitura musical mantendo a métrica estabelecida. Instrumentos: domínio da flauta doce e início do contralto e tenor; instrumentos de percussão variados: gongos, metalofone, xilofone, tambor, chocalho, címbalo etc. Orquestra: em sala com os instrumentos citados acima e outros que as crianças possam ter habilidade como violão, violino, teclado, flauta transversal e outros. Canto: canto em uníssono, cânone, duas ou três vozes. Repertório: canções que acompanham as épocas escolares, estações do ano, datas religiosas como: páscoa, São João e Natal.
Épocas escolares:
História – músicas das Antigas Civilizações: Índia, Pérsia, Egito e Grécia. Antropologia e Zoologia – Canções que exaltam as relações humanas e colocam os animais como seres que interagem com o homem relacionando cada um com sua função.
Geografia – canções folclóricas relacionadas às regiões do Brasil: cirandas, baião, Boi Bumbá, frevo, maracatu etc.
História da Música: trabalhando junto na época de história – relacionando a parte musical característica dos lugares estudados como: ex.: como eram os instrumentos musicais na Grécia, como era a música – cantada? Tocada? Quem podia tocar, em quais situações…
A prática das ARTES PLÁSTICAS realizadas na Escola Waldorf inclui trabalho com materiais naturais como argila, madeira, areia, cera de abelha, fibras vegetais e animais, como também tintas, especialmente aquarela, giz de cera, lápis, etc.
Esse é um meio essencial imprescindível para aprofundar e ampliar o aprendizado das matérias básicas e das crianças se relacionarem com o mundo ao redor, enriquecendo o pensar.
Introdução da pintura figurativa, continuação do desenvolvimento da sensibilidade para as cores possibilitando à criança a capacidade de expressar seus sentimentos, através das cores sobre temas propostos e respeitando a forma.
1º ano: No 1º ano a aquarela é oferecida com as cores primárias, apresentadas através de histórias que representam suas qualidades. Os desenhos são dirigidos, ainda amorfos, para a vivência das cores e suas qualidades. Trabalhos com argila também podem ser oferecidos para a confecção de pequenos objetos.
2º ano: A pintura em aquarela visa à prática da simetria, complementação e dualidade. As crianças vivenciam as cores com exercícios dirigidos, utilizando as cores complementares, encontro e harmonização delas. Utilizam temas para o desenvolvimento da pintura, expressando através das cores as estações do ano, momentos do dia, festas anuais. Modelam argila, confeccionam pequenos objetos. As crianças confeccionam suas próprias lanternas, como cartões para datas comemorativas.
3º ano: A pintura em aquarela indica o aparecimento de ambientes, e paisagens simples; as crianças vivenciam as cores complementares. Acompanham o currículo pintando os sete dias da criação do mundo e passagens do velho testamento. Representam, ainda, os diferentes tipos de solo, as profissões primitivas, os temas das casas e o plantio do trigo. Aperfeiçoam o manuseio da argila. Aprimoram as habilidades com o giz de cera, ampliando o trabalho até então desenvolvido. Constroem imagens com as cores primárias e secundárias, formando uma paisagem, compreendendo o processo de construção de um elemento a partir do gesto da cor. As crianças confeccionam lanternas e outros objetos, como cartões para datas comemorativas.
4º ano: Pintura em aquarela, fazendo surgir algumas formas a partir das cores, com temas sempre ligados aos conteúdos trabalhados nas outras matérias do currículo. Imitar as artes indígenas e sua forma de pintar e modelar. Confecção de lanterna para a Festa Junina, e cartões para datas comemorativas.
5º ano: Pintura em aquarela relacionando as cores com as qualidades dos ambientes; Temas ligados às Épocas, como História, Geografia, Botânica. Confecção da lanterna para a Festa Junina e cartões para datas comemorativas.
O estudo de CIÊNCIAS DA NATUREZA visa desenvolver nos alunos a admiração pela natureza e o respeito pelo ser humano. A criança deve formar a capacidade de posicionar-se como observadora em relação ao espaço e ao tempo.
Será praticada a observação das características que apresentam os reinos animal, vegetal e mineral e como o ser humano se posiciona entre eles.
O aluno é solicitado de maneira que ganhe confiança em si e desenvolva o interesse real pelo mundo ao seu redor.
Consigo mesmo, impulsiona o anseio de relacionar-se com os outros e com a natureza, com interesse insaciável para com tudo que se pode aprender e descobrir, bem como o forte sentido de justiça no seu relacionamento com os outros.
1º ano: É apresentada a Ecologia regional, com o conhecimento da comunidade através de passeios por toda a escola, reconhecendo as plantas e os animais que nela vivem.
2º ano: No 2º ano as crianças vivenciam o ciclo da água, através da História da Gotinha d´água. Fazem a primeira excursão pedagógica. Fazem o reconhecimento do terreno da escola, sua horta, árvores frutíferas, flores e plantas ali cultivadas. Colhem verduras e legumes, fazem o reconhecimento de um alimento e podem preparar alimentos com elas. Elaboram portfólios das vivências.
3º ano: No 3º ano as crianças preparam a terra para semeadura do trigo, com a apresentação dos instrumentos usados no plantio; compreendem os diferentes tipos de solo para a agricultura; fazem todo o processo da fabricação do pão com o trigo que foi plantado.
4º ano: Antropologia: Divisão trimembrada do corpo humano e as funções específicas de cada parte. Os cinco sentidos. Zoologia: Apresentação de animais característicos de classes distintas apontando suas especificidades.
5º ano: Botânica: estudo geral do reino vegetal em sua dependência com a vida na terra, considerando como um todo; Influência do solo, clima, situação geográfica sobre as plantas. Estudo fenomenológico dos fungos, liquens, algas, samambaias, gimnosperma e angiosperma. Zoologia: continuação do estudo de outros animais, focando suas habilidades específicas e instintos.
Nos primeiro e segundo anos permanece o brincar livre, típico da educação infantil, alterando o ambiente com algumas brincadeiras dirigidas, brincadeiras tradicionais, onde o foco ainda é a ludicidade.
A partir do terceiro ano, pode ser introduzida a ginástica Bothmer, método de ginástica específico das escolas Waldorf, que consiste em trabalhar todas as direções, as posturas, para que a criança se perceba como indivíduo no espaço.
Na sequência, são introduzidas cirandas através de exercícios dirigidos, para, então, iniciarem-se os jogos motores, que vão trabalhar todas as capacidades e qualidades motoras, fechando-se o ciclo com jogos pré-desportivos, jogos com maior complexidade e também os jogos cooperativos, com enfoque no trabalho grupal.
1º ano: São oferecidas Cirandas Cantadas, jogos de corrida (pega-pegas variados, carregados de fantasia e imaginação plenos de sentido), atividades lúdicas que desenvolvam as habilidades básicas como andar, correr, saltar, equilibrar, quicar e arremessar. São oferecidos jogos em Círculo.
2º ano: São oferecidas Cirandas Cantadas, jogos de corrida e perseguição (pega-pegas variados, jogos que tragam a dualidade entre os opostos, bom e mau). Todos carregados de fantasia e imaginação plenos de sentido. Atividades lúdicas que desenvolvam as habilidades básicas: andar, correr, saltar, equilibrar, quicar e arremessar. São oferecidos jogos em Círculo.
3º ano: Jogos de correr e pequenos jogos em grupo. Atividades de ginástica: rolamentos livres no colchão. Pequenos circuitos para desenvolver as habilidades básicas, utilizando cordas, bolas, arcos e bastões. Ciranda Bothmer.
4º ano: Ciranda Bothmer. Jogos de correr (pega-pega, jogos de perseguição). Pequenos jogos em equipe (Base quatro, Corrida Quadrada, queimada simples, Pré-Basebal). Atividades de ginástica: rolamentos simples para frente e pra trás. Saltos à distância (caixa de areia). Pequenos circuitos de habilidades, utilizando cordas, bolas, arcos, bastões, etc.
5º ano: Estimulação através da história grega e dos jogos olímpicos. Neste ano as escolas Waldorf organizam os chamados “jogos gregos”, com algumas delas sediando e recebendo as demais. Ginástica Bothmer – leve e pesado e cirandas; Corridas, saltos rítmicos, brincadeiras com regras mais elaboradas; Iniciação às corridas e exercícios mais específicos.
Disciplina que procura transformar imagens anímicas em movimentos, harmonizando as etapas de desenvolvimento, fortalecendo as aptidões motoras e apoiando os processos cognitivos.
1º ano: trabalha-se o grande círculo e sua cúpula. As crianças vivenciam a linha reta e curva no espaço, com acompanhamento musical ou poético. A música cria o ambiente necessário para o desenvolvimento das histórias. As crianças vivenciam gestos específicos para os fonemas – ainda sem o conhecimento dos mesmos – por meio dos contos de fadas. O intervalo de 5ª soa com frequência para trazer o ambiente sutil. Também são feitos exercícios de lateralidade, saltos e destreza.
2º ano: Os alunos constituem um grupo formado e se sentem como uma classe. Agora nas aulas de Euritmia, o foco se volta para a vivência de cada um com o outro. “Eu e tu, tu e eu, somos nós!” é a tônica e o tema dos poemas e movimentos. As lendas dos santos e as fábulas dos animais aproximam as crianças das virtudes dos primeiros e das peraltices dos últimos. A criança eleva seus sentimentos para o divino através das superações dos santos e vivencia os animais e suas características. Além disso, são experienciadas a passagem do tempo e os ciclos da natureza. Aos elementos eurítmicos do ano anterior, acrescenta-se a movimentação em 2 grupos, a forma da espiral e o espelhamento.
3º ano: No 3º ano são trazidas temáticas acompanhando as épocas como a Criação, Antigo Testamento, profissões, agricultura, construção da casa. Isso se dá por meio de poesias, histórias, músicas com melodias e ritmo bem estruturado, acompanhadas por exercícios de coordenação motora e de percepção/expressão musical. As crianças participam de danças populares (vivências sociais). Triângulos surgem como coreografias de grupo e o círculo é ainda a formação básica. Passos e ritmos variados trabalham a coordenação psicomotora. As aulas contam com o apoio gestual e coreográfico para a dança da festa junina. No segundo semestre, a peça de teatro recebe “pitadas” de euritmia. Os gestos eurítmicos para as notas (escala de dó maior) e o aprendizado de cada gesto dos fonemas também são exercitados.
4º ano: Músicas alternando trechos leves e fortes a serem expressas por meio de movimentos de acordo. Contração e expansão rítmica em conjunto e em cânone. Aliterações acompanhadas por movimentos vigorosos com e sem bastão O alfabeto com seus gestos diferenciados. Elementos básicos da música como linha melódica, escala de dó maior, valores das notas diferentes, ritmos e motivos. Movimento frontal por meio de fileiras orientadas para frente Danças folclóricas Movimentos características de personagens mitológicas da Mitologia germânica, indígena etc. Exercícios em quadrados e triângulos Acompanhamento gestual e coreográfico do teatro da turma. A forma de polonaise é introduzida, como também as formas apolíneas (para substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, conjunção e etc.…).
5º ano: O alfabeto como fonte de criação expressiva de poesias Movimentos característicos para textos das antigas culturas: Índia, Pérsia, Egito e Grécia. Elementos da música como linha melódica mais diferenciada, escalas em maior, movimento rítmico da música com os pés. Contração e expansão como expressões arquetípicas da alma Movimento frontal em coreografias como estrela de cinco pontas. Danças folclóricas brasileiras e internacionais. Apresentação folclórica na Festa Junina (Bumba meu boi). Acompanhamento gestual e coreográfico em encenações acompanhando o currículo da turma. Vivência com ritmos gregos e exercícios com BASTÃO nesses ritmos. Oito harmônicos como forma essencial, expressando essa fase de crescimento, quando respiração e circulação encontram uma harmonia na relação.
Vivências simples e concretas do tempo e do espaço preenchem estes primeiros três anos escolares com temas como: o céu e a terra, o mar, o ciclo da água, os morros e vales, a mata, os campos e rios, o ano, as estações do ano, o mês, a semana, o dia e a noite, o ciclo da lua, hora e o relógio, a horta, a fazenda, a cidade, a vida e as significativas e essenciais atividades realizadas pelo ser humano.
Apreciar os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo e observar como eles ajudam o ser humano no momento de construir, plantar e colher, fazer o pão.
Assim, a criança é levada a respeitar o ser humano que atua e transforma o mundo com a força de seus braços, e a desenvolver um sentimento de admiração e de gratidão pelo mundo.
Evoluindo para a autoconsciência, o aluno é ajudado a posicionar-se no espaço e no tempo, a partir de sua casa, sua cidade, seu estado, sua região, seu país e seu continente, localizando-o na Terra e no Sistema Solar.
Os primeiros conhecimentos da história da pátria farão parte, sem preocupação cronológica, do ensino do meio ambiente e ainda no ensino da geografia humana das regiões do Brasil no 4.º e 5.º anos.
1º ano: Temos exposições gerais sobre a água, fogo, terra e ar e temas relacionados. Os passeios pela escola para reconhecimento da comunidade escolar, a rotina e a participação em cerimônias cívicas fazem parte deste componente. São apresentados, ainda, poemas, jogos e cantigas de rodas conduzem ao ambiente cultural da escola e da família, bem como que trabalhem a lateralidade.
2º ano: Temos a vivência sobre o tempo: O Senhor dos Tempos tratando do ano, passando pelos meses, semanas, dia e noite, chegando nas horas. Montagem e registro em um calendário com os alunos, compreendendo como utilizá-lo. Observação e identificação das estações do ano e suas características, como suas cores e vegetação, clima, comportamento da natureza e do ser humano. Apresentação dos diferentes instrumentos inventados pelo homem para medir o tempo na história da humanidade. Medida de tempo, horas e construção de um relógio, aprendendo a ver e identificar as horas. As fases da lua, desenhando e utilizando canções e poemas que falem sobre o tema.
3º ano: as crianças conhecem os diferentes tipos de habitação existentes em diversos lugares do mundo e elaboram um projeto e a construção de uma maquete de casa; recordam os quatro elementos da natureza na formação dos materiais usados para a construção, como argamassa, reboco, ferro, vidro, madeira entre outros.
4º ano: Observação do Sol e reconhecimento dos Pontos Cardeais. A localização da Escola, da residência e de pontos importantes da cidade, como, por exemplo, a Praça Rui Barbosa, O Museu Ferroviário, a Praça da Cerejeira com o prédio da prefeitura e o Jardim Botânico entre outros. Geografia de Bauru: – Elaboração de um mapa simples de Bauru, bem como de uma maquete representando o relevo e principais pontos da cidade.
5º ano: A interdependência das regiões do Brasil. Geografia física, humana, econômica, política e ao mesmo tempo relaciona-se com cenas históricas do Brasil: Colonização, invasões, bandeiras, etc.; Relevo físico, bacias hidrográficas, clima, fauna, flora, costumes, profissões, folclore, plantações, tradições, estados e capitais mapas e trajes típicos; Confecção de maquete do Brasil.
1º ano: são oferecidos Contos de Fadas e histórias inventadas pela professora com cunho moral, mas que retratam o próprio ambiente local.
2º ano: do 2º ano tem comemorações das festas anuais através de histórias, poesias, representações e vivências. Participação das festas cívicas. Apresentação das fábulas e lendas dos santos, através da narrativa, trazendo as polaridades. Vivências e ensaios de uma peça teatral. Apresentação das fábulas e lendas dos santos em uma peça teatral.
3º ano: Vivenciar as antigas civilizações e conhecer a vida política, econômica e social. São apresentadas histórias de épocas antigas. As crianças compreendem a importância do trabalho humano no aproveitamento dos recursos naturais em função de suas necessidades; é apresentado o aparecimento das primeiras profissões, com viagens de estudo para conhecer algumas delas. As crianças se conscientizam sobre o aparecimento da organização social.
4º ano: Início da história de Bauru: Povos Indígenas e os fundadores. A importância da ferrovia e do café. Bauru de hoje. Início da história de São Paulo: A Fundação de São Paulo, os Jesuítas, os povos indígenas, os Bandeirantes.
5º ano: Antigas Civilizações: Atlântida, Índia, Pérsia, Mesopotâmia, Egito e Grécia.
Tem o objetivo de promover a educação ecológica por meio de atividades de permacultura, ecologia social, dentre outras atividades em que o ensino teórico é sempre acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corporais, artísticas e artesanais, fazendo uso do espaço verde da escola, o pomar e a horta.
As crianças aprendem várias atividades por experiência própria e percebem quanto cuidado e paciência são necessários antes que se possa fazer a colheita.
1º ano: No 1º ano as crianças apreciam aromas, caminham até a horta em fila, observam as plantas com flores e/ou frutos e os animais, narram as histórias; usam, limpam e organizam as ferramentas; retiram, recolhem e amontoam as plantas espontâneas; plantam hortaliças em canteiros e vasos; colhem, contam e degustam as hortaliças, frutos, chás e sementes; preparam sementes de algodão, plantam algodão e flores. Fazem desenhos livres sobre vivências, criando outros códigos de comunicação como cartazes, placas, receitas, de modo a despertar o interesse por outras formas de linguagem.
2º ano: apreciam aromas, caminham até a horta em fila, observam as plantas com flores e/ou frutos e os animais, narram as histórias; usam, limpam e organizam as ferramentas; retiram, recolhem e amontoam as plantas espontâneas; plantam hortaliças em canteiros e vasos; colhem, contam e degustam as hortaliças e frutos; fazem o plantio de árvores; elaboram portfólios.
3º ano: As crianças apreciam aromas; caminham até a horta, sempre observando as plantas com flores e/ou frutos; usam e limpam as ferramentas; retiram e amontoam as plantas espontâneas; plantam hortaliças, frutas, cereais em canteiros; incorporam com “cobertura morta”; retiram as folhas secas das plantas; colhem e contam a colheita; fazem o plantio e acompanhamento de todo o ciclo da cultura do trigo; colhem, debulham e moem os grãos de trigo; elaboram portfólios.
4º ano: Apreciar aromas; Caminhada até a horta em fila, observando plantas com flores e/ou frutos e animais; Uso e limpeza de ferramentas; Retirada e amontoa de plantas espontâneas; Colheita de mandioca; Plantio de abóbora; Preparo de terrenos para plantio; Plantio de hortaliças em canteiros e vasos; Incorporação de “cobertura morta”; Retirada de folhas secas das plantas; Colheita e contagem de hortaliças; Degustação de hortaliças/frutos/chás/sementes; Preparo de sementes de algodão para plantio; Plantio de flores; Coleta de plantas após o final do ciclo; Elaboração de portfólios.
5º ano: Apreciação de aromas; Utilização de ferramentas; Plantio de mudas em vasos na estufa; Limpeza e preparo da área para plantio; Plantio e contabilização de mudas em canteiros; Manutenção da área de plantio; Colheita e degustação de hortaliças e frutos; “Toilete” de plantas; Mensurar o diâmetro do tronco de árvores; Retirada, contagem e recolhimento de plantas espontâneas; Preparo de sementes de algodão; Debates sobre assuntos correlatos. Elaboração de portfólios.
O ensino de língua estrangeira tem o objetivo de cooperação viva de simpatia e antipatia no sentir. Pela língua materna ou estrangeira, a criança assimila a natureza do seu povo e cada povo apresenta um aspecto da humanidade. O aprendizado de outra língua aumenta a mobilidade interior, o que se precipita mais tarde no pensar, querer e sentir no ser em desenvolvimento. Utiliza-se o método intuitivo oral (sem tradução) reforçando a plasticidade do órgão da fala e o aprendizado através da memória com a vivência da sonoridade da língua. Durante os três primeiros anos ensinamos a língua por intermédio dos sons, cirandas, cantigas, pequenos diálogos e movimentos.
1º ano: as crianças recitam em coro de canções e poesias; recitação rítmica de números cardinais e ordinais; jogos de perguntas e adivinhações; atividades de TPR (Total Physical Response) com equilíbrio com o ouvir; apresentação vivencial da 1ª forma gramatical com perguntas, negações e tempos verbais; histórias com gestos, objetos e imagens; vocabulário principal: cores, números, os doze meses do ano, partes do corpo, animais, elementos da natureza, atividades diárias, verbos que remetem à ação; elementos de um diálogo do dia a dia que possibilitem às crianças de participar de conversas simples e diálogos curtos sobre: nomes, idades, pets, favoritos, etc.
2º ano: No 2º ano falam sobre rotina diária, dias da semana, meses, estações do ano, números, horas, horticultura, legumes e frutas, festas do ano, animais e família; São apresentados os verbos de ação, entrevista com respostas curtas (sim ou não), histórias, versos e músicas com conteúdo do vocabulário. Vocabulário de opostos.
3º ano: No 3º ano as conversas e diálogos são mais exigentes, a criança tem maior sensibilidade para línguas, nuances de pronúncia e significado. Tópicos conhecidos são ampliados e novos tópicos introduzidos, como números, cores, meios de transporte, período do dia, a hora, roupa, comida e bebida, comandos mais complexos; Elementos chave da gramática são ensaiados oralmente (singular and plural, personal and possessive pronouns, articles). Preposições principais (e.g. in the room, on the table, under the chair etc.); Importantes pronomes interrogativos, “question words”, como ‘who’, ‘how’, ‘what’, ‘when’, ‘where’; A recitação faz parte da aula toda.
4º ano: Escrever e ler poemas, canções, etc aprendidas nos anos anteriores; Soletrar e realizar ditados curtos; Alfabeto – revisão; Primeira introdução da gramática (tempo verbal infinitivo – com recitação de verbos semanal); Apresentação e prática de diversos diálogos.
5º ano: Poemas; Prática da leitura; Prática de diálogos e entrevistas; Prática de trava-línguas; responder perguntas (oralmente e escrita) de textos; Prática de Provérbios; escrever e enviar cartas; Atividades para consolidar listas de vocabulário.
Os três primeiros anos do Ensino Fundamental são direcionados, sobretudo, à AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM consciente. O processo de alfabetização inicia-se no 1º ano e se conclui até o final do 3º ano. Esse processo se dá por meio da vivência de fonemas e letras trazidas através de desenhos motivados por histórias que procuram trazer à criança imagens significativas que traduzam para ela a importância daquele som e daquela forma no seu universo, com narrativa visual da lousa de desenho da professora como referência.
O traçado das letras é trabalhado também através de jogos rítmicos e atividades que exercitem a orientação espacial e a vivência de curvas e retas. Paralelamente à alfabetização procura-se firmar as estruturas linguísticas básicas, ampliar o repertório frasal, lexical e aperfeiçoar a expressão oral, fortalecendo a capacidade de memorização e buscando-se corretas dicção, entonação e pausas, com a escuta de narrativa oral, proporcionando uma ampliação gradativa do vocabulário.
Isso é cultivado através de cantigas, poemas, jogos e brincadeiras linguísticas como trava-línguas, adivinhas, dramatizações e, sobretudo através das narrativas diárias extraídas dos núcleos básicos de interesse definidos por idade.
1º ano: No 1º ano são oferecidas matérias adequadas para o narrar e o recontar, dando forma à fala propriamente dita. Se prepara a passagem do linguajar para a linguagem formal de conversação, assentando a base para o escrever corretamente. Paralelamente a esse narrar e recontar, a criança é introduzida a certa linguagem plasmadora de formas, onde desenhar formas simples, redondas e angulares é a transição gradual para a escrita. O objetivo é que, até o fim do ano, a criança seja capaz de gerar por si a possibilidade de ler e escrever palavras e frases de maneira simples, identificando a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola). São, portanto, apresentadas as vogais e as consoantes através de imagens significativas relacionadas aos fonemas apresentados, com narrativa visual da lousa de desenho da professora como referência. Paralelamente à alfabetização procura-se firmar as estruturas linguísticas básicas, ampliar o repertório frasal, lexical e aperfeiçoar a expressão oral, fortalecendo a capacidade de memorização e buscando-se corretas dicção, entonação e pausas, com a escuta de narrativa oral, proporcionando uma ampliação gradativa do vocabulário.
2º ano: são apresentadas as letras minúsculas dando continuidade ao processo de alfabetização, empregando adequadamente as letras maiúsculas e minúsculas nas orações, textos, cópias, etc. Treino de ortografia correta, fortalecendo a capacidade de memorização, buscando a correta dicção, entonação e pausas. Prática de leitura e escrita através de textos, poesias, poemas da tradição oral por meio da escrita e leitura. Reconhecimento de encontros vocálicos, dígrafos e dificuldades da língua nos textos apresentados. Ex: (NH, LH, CH, RR, SC, Ç etc.). Desenvolvimento da habilidade de leitura de textos do cotidiano, como poemas, adivinhas, e através da literatura infantil. As produções no caderno estimulam a distribuição espacial do texto a ser copiado, além de orientar sobre a estética apropriada. É trabalhada, também, a dramatização e interpretação, através do ensaio de uma peça teatral, e festas anuais.
3º ano: No 3º ano é introduzida a prática da letra cursiva; apresenta-se o verbo, o substantivo e o adjetivo de maneira que os alunos pratiquem na recitação de poemas, canções e rimas, desenvolvendo as capacidades factuais para destacá-los numa frase. Surgem os pronomes pessoais. Com as novas conquistas, desenvolvem a compreensão de texto.
4º ano: Produção de textos próprios. Interpretação de textos. Análise Morfológica reconhecendo as classes de palavras: Substantivo, Verbo, Adjetivo, Artigo, Pronome, Advérbio, Preposição, Conjunção, Interjeição, Numeral. Conjugação Verbal. Treino ortográfico.
5º ano: Sílabas: separação, encontros vocálicos e consonantais, classificação e tonicidade, acentuação gráfica. Recordação de todas as classes gramaticais. Preposição e conjunção. Contos. Voz ativa e voz Passiva. Exercitar verbos. Discurso direto e indireto. Oralmente destacar sujeito e predicado. Leitura de livros.
A MATEMÁTICA, além de seu aspecto utilitário, sua prática estimula a atividade mental, disciplina o raciocínio e agiliza o pensar. Visa-se desenvolver o raciocínio matemático abstrato e concreto e capacitar o aluno para resolver problemas da vida cotidiana.
1º ano: No 1º ano são apresentados primeiramente os números corporais e romanos até XX; vivência das quantidades numéricas, apresentação dos algarismos arábicos, as quatro operações, cálculos orais até 20, os números ímpares e pares, os múltiplos de 2, a contagem até 100 e registros dos numerais até 50. Escrita de ingredientes de uma receita mesclando palavras escritas e outras formas gráficas como números e desenhos. Geometria: apresentação da reta e da curva e suas posições.
2º ano: No 2º ano temos a ampliação do universo numérico e exercício de cálculos mentais, até o âmbito das centenas, proporcionando situações – problemas da vida cotidiana. São propostos exercícios combinando as quatro operações sobre um espaço numérico maior, utilizando os sinais que cada operação exige, fazendo estimativas e aumentando a capacidade de tomar decisões. Memorização das tabuadas até o doze, realizando de forma artística, rítmica e vivencial a escrita e recitação de cada uma. Leitura, escrita e comparação de números ímpares e pares, uso em situação cotidiana, realizando exercícios e tarefas práticas para a fixação. São oferecidas tarefas fáceis não escritas, como orais e de cabeça. Introdução da vivência de unidade, dezena, centena, através de atividades práticas para compreensão e identificação desses conceitos, realização de comparação de quantidades. São trabalhadas formas geométricas, através de exercícios de simetria e espelhamento.
3º ano: No 3º ano as crianças fazem contas armadas com as quatro operações utilizando milhar, centena, dezena e unidade. Nas operações de adição e subtração passam a compreender o processo de “emprestar 1”. É apresentada a prova real e os múltiplos comuns. Na iniciação à geometria são trabalhadas noções rudimentares do desenho de plantas de casas e formas simétricas e contínuas. Iniciam os cálculos de metade, dobro e dúzia através de atividades concretas. Aprendem números ordinais, além de reforçarem a tabuada durante todo o ano.
4º ano: Treino das quatro operações com números inteiros, praticando também o cálculo mental. Divisibilidade e números primos. Introdução às frações e operações com frações. Geometria: desenho à mão livre de formas com cruzamentos e nós. Expressão numérica com números inteiros.
5º ano: Divisibilidade; Problemas práticos; Cálculos mentais; Sistema decimal; Números decimais. Operações com números decimais Máximo Divisor Comum. Mínimo Múltiplo Comum.
Geometria: confecção, divisão e classificação da circunferência, retângulo, quadrado, triângulo e ângulos a mão livre. Treino do Máximo Divisor Comum e Mínimo Divisor Comum; Expressão numérica com frações.